O destino de uma mulher é ser MULHER
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A Aract faz hoje uma pequena homenagem as mulheres, compreendendo o papel da mulher em toda a história, e apoiando nossas guerreiras nessa luta por transformação.
Que hoje seja dia de grandes movimentos e atos por igualdade de gênero, liberdade e acima de tudo, respeito em todo o mundo.
Em homenagem, dedicamos a todas as mulheres, em foco as mais experientes, um trecho do monólogo “Viver sem Tempos Mortos” de uma grande mulher, Simone de Beauvoir.
“Quanto a mim, não mais me deitar cansada no feno perfumado.
Ou deslizar na neve deserta, onde exatamente eu me encontro.
O que me surpreende é a impressão de não ter envelhecido embora eu esteja instalada na velhice. O tempo é irrealizável.
Provisoriamente, o tempo parou pra mim. Provisoriamente.
Não ignoro as ameaças que o futuro encerra, como também não ignoro que é o meu passado que define a minha abertura para o futuro.
O meu passado é a referência que me projeta e que eu devo ultrapassar.
Sim. É isso. Reconheço que ao meu passado eu devo o meu saber, a minha ignorância, os meus interesses, as minhas relações, a minha cultura e o meu corpo.
Hoje, que espaço o meu passado deixa para a minha liberdade? Não sou escrava dele. Não sou escrava do meu passado.
O que eu sempre quis foi somente comunicar da maneira mais direta o sabor da minha vida, da minha própria vida.
Acredito que consegui fazê-lo. Não desejei nem desejo nada mais do que viver sem tempos mortos.” – Viver sem Tempos Mortos – Simone de Beauvoir
Publicada dia 08/03/2016 06:22